Escolas indígenas do estado participam de formação com foco no programa Dinheiro Direto na Escola

Escolas indígenas do estado participam de formação com foco no programa Dinheiro Direto na Escola

Por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), o Centro Colaborador de Apoio ao Monitoramento e à Gestão de Programas Educacionais (Cecampe) realiza, em Palmas, atividades de assistência técnica e de monitoramento relacionadas à execução e ao desempenho do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) nas escolas estaduais e municipais indígenas. A formação ocorre na sede da Seduc, até esta sexta-feira, 18.

No Tocantins, o Cecampe atua em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a Universidade Federal do Pará (UFPA), a Seduc, a Universidade do Norte do Tocantins (UFNT) e a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-TO).

A formação Cecampe Norte inclui as escolas das diversidades e conta com a participação de profissionais da educação dos povos Apinajé, Karajá, Karajá-Xambioá, Javaé, Xerente, Krahô, Krahô Kanela e Awa Canoeiro, além de técnicos da Seduc e das 13 Superintendências Regionais de Educação (SREs).

O diretor de Educação dos Povos Originários da Seduc, Amaré Gonçalves Brito, destacou a importância do Tocantins no evento. “Estamos muito felizes em sediar a primeira formação da Região Norte, sobre o PDDE Diversidade que ampara, além dos povos indígenas, as escolas quilombolas. Essa formação nos auxiliará a usar os mecanismos de captação e de gestão dos recursos dos programas, com o propósito de avançar nas melhorias para a educação indígena e quilombola do Tocantins”, enfatizou. 

Conforme o responsável pelo Cecampe Norte, Afonso Nascimento, a parceria com a Seduc tem auxiliado nos avanços para a educação indígena no Tocantins. “Em virtude do empenho da Seduc, em articulação com os municípios, por meio da Undime, atendemos mais de 1,7 mil profissionais das redes municipais e estadual, com 25 formações em 32 municípios. Esta formação que iniciou e será realizada nos outros seis estados da Região Norte é, também, uma excelente oportunidade de aprendizado quanto aos desafios da educação indígena”, pontuou. 

A coordenadora de Monitoramento, Avaliação e Apoio a Gestão do FNDE, Hilda Souza Pereira, salientou que o PDDE Diversidade traz um aumento do valor per capita para as escolas indígenas e de comunidades tradicionais. “Nosso objetivo é que todas as unidades de ensino estejam prontas para receber os recursos e que as escolas não encontrem dificuldade de executar e prestar contas do que foi investido”, explicou. 

Para o coordenador-geral de Apoio a Gestão Escolar da Secretaria de Educação Básica do MEC, Fábio da Silva Paiva, com a formação, as escolas indígenas terão as condições necessárias para receber os recursos direto na escola. “Estamos trabalhando para fortalecer as escolas indígenas com equidade e essas ações são pensadas para contemplar as realidades que temos Brasil afora. Queremos reduzir as burocracias, estreitando essa relação com o FNDE e ajudando os gestores a se prepararem para as obrigações técnicas e legais, possibilitando que tenham mais tempo para acompanhar as ações pedagógicas”, reforçou. 

Silas Wôôcô Krahô é diretor da Escola Estadual Indígena Toro Hocô, na Aldeia Pedra Branca, região de Pedro Afonso. Para ele, o encontro é um marco nas novas possibilidades para utilização dos recursos. “Nossa escola ainda não tem associação, então é muito importante ter essa oportunidade de conhecer como usar corretamente o dinheiro para fazer o que a escola mais precisa e também para fazer a prestação de contas”, contou.

Ao representar o titular da Seduc, Fábio Vaz; a assessora de gabinete, Markes Cristiana Oliveira, destacou a importância das escolas indígenas estarem aptas para executarem o PDDE. “Temos 134 escolas indígenas na rede estadual e precisamos trabalhar todos juntos para avançarmos na aprendizagem, no fortalecimento da cultura e saberes indígenas, com a oferta de uma educação com equidade e qualidade. No PDDE, encontramos as possibilidades das próprias escolas indígenas poderem gerir esses recursos para melhorar o espaço e o atendimento escolar”, finalizou.